Confira quais são as tendências de tecnologia para o mercado financeiro

Bruno Zago

04 maio 2018 - 19:30 | Atualizado em 12 abril 2023 - 19:04

Homem tomando xícara de café enquanto lê um canal de notícias em tablet

Você sempre acompanha congressos e eventos relacionados a finanças e gestão empresarial? A segunda edição do Beyond – Portugal Digital Revolutions apresentou as principais tendências de tecnologia para o mercado financeiro nos próximos anos.

Uma das mudanças previstas é a customização de serviços. Na Europa, por exemplo, os clientes de bancos vão poder contratar outros fornecedores para a administração das finanças. Esse modelo de customização promete mudar muito o setor bancário daqui para frente, pois as agências vão precisar compartilhar dados para terceiros. Quer saber como se preparar para essas tendências de mercado? Confira 5 dicas sobre o assunto:

  • 1- Customização

Essa proposta da Europa traz um novo cenário para o mercado mundial e vai mudar a forma como os consumidores lidam com os serviços financeiros. As instituições terão que se adaptar e caberá ao cliente escolher quais serviços vai querer contratar no banco.

Nesse caso, o consumidor poderá optar por ter a conta corrente em uma agência e pegar empréstimo em uma fintech, sem que ocorra qualquer tipo de problema. Esse compartilhamento de dados vai exigir que as instituições aperfeiçoem os recursos tecnológicos e mantenham a segurança dos dados dos clientes.

  • 2- Parcerias de negócios

As empresas precisarão se adequar cada vez mais para atender as exigências do consumidor que busca serviços personalizados. Para isso, elas vão ter que se preocupar com o core business e promover a integração com outras companhias para complementar expertises.

Visualmente falando, é como se as plataformas de serviços se transformassem em um “Lego”, em que as instituições bancárias vão ter que se conectar para que o cliente administre as suas finanças unindo os serviços das agências.

Isso exigirá que as corporações utilizem cada vez mais a criatividade para “pensar fora da caixa” e disponibilizar soluções diferenciadas para o cliente. E a inteligência artificial se encarregará de fazer as operações.  

Essa integração entre as instituições vai criar verdadeiras parcerias de negócios. As fintechs, antes consideradas ameaças, vão permitir a comercialização de produtos diferenciados pelos bancos por meio de estruturas como Banking as a Platform (BaaS) e Insurance as a Platform (IaaS).

  • Automação e computação cognitiva

Esse aumento na competitividade entre as instituições financeiras criará um ambiente com baixas taxas de juros e menor margem de lucro para os bancos. Eles precisarão, então, utilizar recursos de robótica para diminuir os custos operacionais e automatizar certas atividades repetitivas e críticas.

Mas, afinal, como fazer isso? Basta utilizar os robôs-advisors. Eles são plataformas tecnológicas que utilizam algoritmos para gerenciar informações e fazer a alocação de fundos do investidor. Ou seja, as máquinas são capazes de analisar a situação do cliente, verificar o perfil, tendência sobre fazer investimentos de risco e objetivos de lucratividade.

Assim, o robô-advisor consegue disponibilizar um portfólio para o cliente com todas as opções disponíveis, fazendo com que não seja mais necessário o contato direto com o gerente da conta para receber orientações de onde e quando aplicar recursos.

Ele é, então, um consultor financeiro para gerenciar recursos e diminuir o tempo investido pela equipe do banco e pelo próprio cliente. Esse aconselhamento é baseado em cinco estágios:

  1. Conhecimento sobre o cliente por meio de um questionário de perguntas como “quando você deseja resgatar o dinheiro?”;
  2. Identificação das opções que a instituição financeira disponibiliza e quais são os investimentos que se encaixam no perfil do consumidor, de acordo com as respostas apresentadas e da experiência digital;
  3. Aconselhamento baseado nas últimas atualizações da situação financeira do cliente e nas metas a serem atingidas. Ele poderá, inclusive, conversar por meio de chatbots para identificar se houve mudança de planos e se há interesse em balancear a carteira;
  4. Monitoramento do saldo da conta e dos rendimentos nas aplicações feitas pelo cliente. Assim, se houver a recomendação de realizar uma troca ele poderá encaminhar as informações para um consultor humano entrar em contato com o consumidor e explicar a situação;
  5. Treinamento sobre o melhor momento para fazer a retirada de recursos ou mudança de investimentos de acordo com o cenário econômico.

Assim, humanos e máquinas poderão trabalhar em conjunto para oferecer a melhor experiência ao cliente. Vale lembrar que essa maior utilização da inteligência artificial e da web exigirá  investimentos em níveis maiores de cibersegurança para diminuir as vulnerabilidades e ameaças.

  • Plataformas de negociação eletrônica

Você quer operar no mercado de ações? Então precisa contar com plataformas home broker! Esses modelos de sistemas contribuem para que a equipe possa acompanhar as negociações de ações e ativos financeiros de modo online.

Uma das vantagens é que o home broker pode ser acessado de qualquer ferramenta, seja um smartphone ou um tablet. Esse modelo de plataforma teve início em 1999 para incentivar o mercado de capitais e a tecnologia permite que qualquer investidor possa acessar o ambiente de negociação da, sua corretora de valores para adquirir ou vender ações da bolsa.

Muitas corretoras brasileiras já utilizam essa tecnologia para oferecer uma opção diferenciada e ágil aos clientes. Com ela, os próprios investidores conseguem acompanhar as negociações e efetivar as transações. Conheça algumas vantagens do home broker:

  • Acompanhamento do histórico de pedidos e pagamentos;
  • Oportunidade de diversificar os investimentos no mercado de ações;
  • Agilidade para realizar as operações, uma vez que tudo pode ser acompanhado em tempo real.

Sendo assim, essa é uma tecnologia para o mercado financeiro que vai se transformar em uma verdadeira tendência de mercado. Uma corretora que pretende manter um bom relacionamento com o cliente precisará investir (o quanto antes!) em uma plataforma home broker. Caso contrário, ela será “engolida” por seus concorrentes.

  • Tecnologias de atendimento online

Se a sua instituição financeira ainda não modernizou a maneira de se relacionar com o cliente, está na hora de se apressar. Caso contrário, ela será substituída pelas fintechs e demais bancos de atendimento digital.

Por quê? O consumidor quer cada vez mais agilidade e facilidade para se comunicar com a instituição bancária e não tem tempo para perder em filas de espera. Sendo assim, é muito mais fácil poder acessar a página ou o aplicativo da instituição e conversar via chat, do que precisar enfrentar congestionamentos e filas para falar com um funcionário, correto?

Por isso, os chatbots farão cada vez mais parte do dia a dia da vida do consumidor e cabe à instituição financeira se adaptar a esse modelo. Ele tem a função de ajudar a diminuir o tempo de espera por um atendimento simples, que pode ser resolvido em alguns cliques. Caso seja necessária a atuação de uma pessoa, a ligação ou conversa é encaminhada para um humano.

Algumas empresas, tanto financeiras como de outros setores, já estão utilizando essa tecnologia para atender melhor os clientes. Conheça algumas delas:

  • Capital One: o chatbots identifica saldos e revisa transações;
  • NerdVallet: o bot procura entender melhor as necessidades dos clientes;
  • Burger King: o chatbots oferece ofertas da rede;
  • Pizza Hut: usa a tecnologia para apresentar locais próximos ao cliente, opções do cardápio e formas de pagamento.

Como você pode ver, haverá muitas mudanças no que se refere à tecnologia para o mercado financeiro. Cabe a cada gestor se preparar  e estudar novas maneiras de agradar os clientes.

Quer saber mais como a tecnologia pode impactar a sua instituição? Descubra como serão os bots do futuro!

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