Como mapear e combater ciberataques com Inteligência Artificial

Vitor Precioso

30 outubro 2019 - 17:30 | Atualizado em 29 março 2023 - 17:48

Pessoa clicando numa figura de cadeado com códigos

De onde virá o próximo ciberataque e como enfrentá-lo? A indústria que promove as fraudes eletrônicas e digitais não para de evoluir! E é necessário proteger-se. Daí vem a importância de realizar um trabalho sério de inteligência no mapeamento de ataques direcionados. Isso é fundamental para diminuir riscos.

Neste post vamos mostrar quais são as previsões de ciberataques para os próximos anos:

O cenário de ameaças cibernéticas

De acordo com a Série de Relatórios de Cibersegurança Cisco 2019, quando se observa o cenário de ameaças cibernéticas, é importante olhar pelo espelho retrovisor de vez em quando. Assim como ao dirigir, você precisa não somente ver o que está atrás, mas também identificar rapidamente o que está prestes a acontecer. Ou seja, o passado lhe dá algumas pistas do que pode acontecer no futuro.

É uma corrida contra o tempo. Na mesma proporção em que a taxa de violações de segurança vem aumentando, assim como a variedade de ataques, a mesma coisa acontece com as tecnologias e os processos implementados para evitá-los. 

Entretanto, provavelmente as principais ameaças nos próximos anos serão de um tipo de hacker conhecido hoje pelos profissionais de segurança. A lista abaixo compartilha outras premissas de Planejamento estratégico de Segurança (SPAs) do Gartner nos próximos anos.

  1. Até 2020, 99% das vulnerabilidades exploradas continuarão sendo conhecidas pelos profissionais de segurança e TI há pelo menos um ano.
    As organizações devem manter o foco na correção das vulnerabilidade que já existem. Embora estas vulnerabilidades sejam fáceis de ignorar, também são mais fáceis e baratas de corrigir do que reduzir.
  2. Até o próximo ano, 40% das empresas envolvidas no DevOps deverão proteger aplicativos desenvolvidos adotando tecnologias de autoteste, autodiagnóstico e autoproteção de segurança de aplicativos. Adote a autoproteção de aplicativos de tempo de execução (RASP – Runtime Application Self-Protection) para DevOps. Analise fornecedores quanto a possíveis opções de segurança.
  3. Mais de 25% dos ataques corporativos identificados até 2020 irão envolver a Internet das Coisas (IoT), embora a IoT represente apenas 10% dos orçamentos de segurança de TI. À medida que o uso da IoT aumenta, os fornecedores preferem a usabilidade à segurança. E os profissionais de segurança de TI ainda estão inseguros em relação ao nível aceitável de risco. As empresas devem direcionar áreas selecionadas do orçamento de segurança para gerenciar os riscos da IoT.

Prejuízos com crimes cibernéticos

A Juniper Research estima que os custos de ataques cibernéticos em 2019 excederão US$ 2 trilhões, quatro vezes mais em relação aos quatro anos anteriores. Esse custo financeiro coletivo deve dobrar para mais US$ 5 trilhões em 2024, um crescimento médio anual de 11%.

Apesar de esses números serem impressionantes, a Deloitte sugere que os custos reais impostos são mais difíceis de analisar, como danos à reputação, perda de participação de mercado, entre outros. Esses custos “ocultos” chegam a 90% do total impacto nos negócios e geralmente não são totalmente absorvidos até dois anos ou mais após o evento. 

Além dos danos financeiros, os ataques cibernéticos causam prejuízos incalculáveis, interrompendo ou arruinando vidas pessoais, carreiras profissionais e relacionamentos comerciais. 

A cibersegurança exige defesa integrada 

As empresas devem estender segurança cibernética à mistura cada vez maior de dispositivos, conexões, redes e aplicativos hospedados que potencializam seus negócios. Para isso é preciso usar uma abordagem integrada que garanta que suas tecnologias, serviços e inteligência contra ameaças funcionem como um só. Uma estrutura de segurança integrada.

Os sistemas movidos à Inteligência Artificial também são alvo de ataques criminosos, pois estes sistemas detêm grande quantidade de dados.

Por isso, é preciso se preocupar cada vez mais com a vulnerabilidade destes sistemas a informações maliciosas que podem corromper sua lógica e afetar as operações. Os invasores não terão como alvo apenas os sistemas de IA, eles próprios recrutarão técnicas de IA para sobrecarregar suas próprias atividades criminosas. 

Os sistemas automatizados alimentados por IA podem sondar redes e sistemas em busca de vulnerabilidades não descobertas que podem ser exploradas. As empresas, principalmente seus CIOs, precisam se preparar para lidar com essas situações. Diante da realidade da transformação digital, investir em segurança é essencial para continuar conquistando espaço de maneira sólida.  

Fogo contra fogo

Os defensores dependerão cada vez mais da IA ​​para combater ataques e identificar fragilidades. Os sistemas de identificação de ameaças já usam técnicas de aprendizado de máquina para identificar ameaças totalmente novas.

Assim, não são apenas os atacantes que podem usar os sistemas de IA para investigar vulnerabilidades abertas. Os defensores igualmente podem usá-la para proteger melhor seus ambientes contra ataques. 

Por exemplo, sistemas com inteligência artificial podem simular ataques em uma rede corporativa ao longo do tempo, a fim de encontrar brechas que podem ser fechadas antes que sejam descobertas pelos invasores.

Percebeu a importância da Inteligência Artificial, aliada à machine learning, para mapear e combater as ameaças cibernéticas no seu negócio? Para saber mais sobre temas de segurança continue lendo o blog da Cedro.

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