Reconhecimento facial: de olho em você

Vitor Precioso

07 agosto 2017 - 14:54 | Atualizado em 29 março 2023 - 17:42

Desenho de mulher fazendo diferentes expressões faciais

Os serviços cognitivos de reconhecimento facial estão evoluindo rapidamente e as aplicações são inúmeras e impressionantes. Utilizando essas ferramentas, já é possível realizar check-in em companhias aéreas, jogar videogame e disparar uma foto automaticamente quando a pessoa sorrir.

Tudo isso usando a detecção facial, que funciona através de cálculos logarítmicos para mapear geometricamente o rosto humano e – através de parâmetros de similaridade dos olhos e distância entre eles, tamanho do nariz, boca, bochecha e queixo – dizer, em percentual de confiança, que se trata (ou não) do mesmo indivíduo.

Mapeando o rosto e confrontando com um banco de fotos armazenadas, pode-se afirmar com uma boa margem de segurança que você é você mesmo.

Usos de reconhecimento facial

Os usos são diversos e não param de crescer. Recentemente, um grande fundo de pensão solicitou uma avaliação de utilização de reconhecimento facial para permitir que os aposentados possam realizar a conhecida prova de vida para continuarem a receber suas aposentadorias enviando uma selfie para comparar com suas fichas cadastrais. Uma vez confirmada que se trata da mesma pessoa, é solicitada um vídeo de cinco segundos em formato de selfie, onde o aposentado pisca e movimenta a cabeça para direita e esquerda, eliminando a hipótese de ter sido tirada uma foto da foto na primeira avalição de semelhança. Hoje, o aposentado tem que se deslocar até o escritório do fundo de pensão ou ir até um cartório para reconhecer firma e provar que está vivo para continuar recebendo rendas de aposentadoria. Com o reconhecimento facial, além da comodidade, há redução de custos nesse processo.

Em alguns países já se utiliza a detecção para localizar suspeitos ou pessoas procuradas pela justiça. Usando óculos especiais, os policiais podem registrar fotos e comparar com um banco de dados de criminosos e identifica-los.

As APIs de serviços cognitivos reconhecem, inclusive, a emoção que a pessoa fotografada está expressando.

Alegria, medo, surpresa, nojo, tristeza  e raiva são reconhecidas. Abaixo, nesse exemplo da Microsoft, o resultado foi de 79% de confiança de que a menina está com cara de surpresa.

reconhecimento-microsoft

Você pode fazer um teste por aqui.

Uber utiliza a detecção facial para liberar o motorista para uma nova corrida. Há uma checagem para averiguar se quem está dirigindo o veículo é o motorista cadastrado no aplicativo, o que gera mais segurança aos usuários.

No aplicativo do Skype para smartphone, também é possível testar o sistema de reconhecimento facial. No bot Your Face, você faz uma selfie e o robô responde qual é seu sexo, idade aproximada e com que tipo de expressão você está no momento, com algumas piadinhas inclusas, como “Você tem um sorriso tão largo quanto o mapa do Canadá.”

A Cedro testa aplicações cognitivas de reconhecimento facial para processos de abertura de conta corrente digital, onde o cliente tira fotos de documentos de identificação pessoal e faz selfies de imagem e vídeo. Ainda em serviços cognitivos, criou a plataforma People para gerenciamento de chabot, permitindo que os clientes criem e publiquem seus bots para atendimento nos principais sistemas de mensageria (Messenger, Skype, Telegram, Slack e MyPush) e ainda desenvolvam diálogos (perguntas e respostas).

Outras funcionalidades importantes são relatórios analíticos de interações com o bot e transferência para atendimento humano também podem ser facilmente implementados na solução da Cedro.

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