Prova da Ancord: conheça a avaliação para se tornar assessor de investimentos

Thamara Araujo

12 março 2024 - 10:55 | Atualizado em 25 março 2024 - 14:03

A profissão de Agente Autônomo de Investimentos, também chamado de assessor de investimentos, AAI ou apenas AI, está super em alta no Brasil. Não é à toa, dado que o volume financeiro investido por pessoas físicas atingiu a cifra de R$5 trilhões no ano passado, segundo informações da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, a Anbima.

Neste cenário, é essencial que existam profissionais aptos a explicar características de ativos e produtos para que a população possa fazer aportes de modo consciente e bem informado. Agora, até para que essa orientação ocorra corretamente, o AAI precisa passar por um processo de certificação: a prova da Ancord.

Se você está pensando em seguir essa carreira, continue lendo para saber mais a respeito dessa avaliação e como se preparar para ela.

Por que a prova da Ancord é importante?

Antes de conhecer detalhes sobre o teste, é interessante compreender o motivo pelo qual ele é necessário. A certificação da Ancord é essencial porque visa garantir a formação teórica e prática do agente para atuar de modo técnico na orientação a futuros clientes. Ou seja, com o conhecimento comprovado, ele demonstra que está apto a dar orientações adequadas ao público, que vai decidir de modo bem informado sobre quais aportes realizar.

Vale destacar que, sem essa avaliação, não é possível obter autorização para atuar como AAI em nome de corretoras nem de escritórios de investimentos.

Quem pode participar do teste?

Para participar do teste, é necessário cumprir alguns pré-requisitos. É essencial observá-los porque, caso não esteja alinhado a eles, precisa ver se é possível solucionar os problemas antes de concorrer a essa certificação.

Por exemplo, é obrigatório ter concluído o ensino médio ou equivalente em uma instituição reconhecida oficialmente para fazer a prova.

Outros critérios são:

  • Não registrar antecedentes criminais e encontrar-se no pleno exercício de seus direitos civis;
  • Conhecer, atender e estar de acordo com as exigências contidas no regulamento da prova.
  • Realizar o correto preenchimento do formulário de inscrição, comprometendo-se com a veracidade das informações.

Como funciona o teste da Ancord para agentes autônomos de investimentos?

A prova da Ancord é composta por questões objetivas de múltipla escolha. Ela pode ser realizada presencialmente ou em casa, por meio da internet e deve ser concluída em até 2h30. 

Para conseguir a aprovação, é necessário obter pelo menos 70% de acertos na prova. Também é mandatório atender a outros requisitos específicos. Por isso, ao se inscrever, é fundamental a leitura do manual de candidatura providenciado pela instituição.

Preparando o estudo para alcançar bons resultados

Compreender previamente um pouco sobre conteúdos específicos pedidos na prova da Ancord tem potencial para fazer bastante diferença no seu resultado. Com essa informação, você consegue direcionar o seu aprendizado para os assuntos em que precisa se aprimorar, por exemplo. 

No entanto, encontrar dados fornecidos pela própria instituição pode representar um desafio. Além disso, as múltiplas fontes a respeito do tema na internet acabam causando confusão às vezes. Por isso, buscar canais confiáveis e atualizados é muito importante para otimizar a rotina de estudos para a avaliação.

Segundo o portal Exame.com, um dos maiores e mais importantes que aborda o mundo dos negócios e de investimentos no Brasil, o conteúdo programático da prova é o seguinte: 

Temas em que há quantidade mínima de acertos

Ainda que você obtenha um bom resultado geral na prova da Ancord, é possível não ser aprovado caso não alcance um desempenho mínimo em alguns temas. São eles:

  1. A Atividade do Agente Autônomo de Investimento. Em relação a este tema, o teste contempla 12 questões e o candidato deve acertar 6 delas, no mínimo;
  2. Os assuntos Lei nº 9.613/98; Circular BACEN 3.978/20; Resolução CVM 050/21 e Resolução CVM 30/21 contam com 4 questões e é necessário acertar ao menos 2 delas para conseguir a aprovação na prova da Ancord;
  3. Os temas “Mercados Derivativos – Produtos – Modalidades Operacionais – Liquidação” são abordados em 12 questões no total. Você vai precisar acertar 6 questões no mínimo;
  4. Algo parecido ocorre quando Mercado de Capitais – Produtos – Modalidades Operacionais – Liquidação for alvo de 20 questões. Só que a quantidade de acertos mínimos é ainda maior: 10.

Temas sem quantidade mínima de acertos

Além de obter ao menos um desempenho mínimo nos temas acima, é essencial buscar o melhor resultado também nos assuntos abaixo:

  1. Economia – 2 questões
  2. Sistema Financeiro Nacional – 3 questões
  3. Instituições e Intermediadores Financeiros – 3 questões
  4. Administração de Risco – 4 questões
  5. Fundos de Investimentos – 4 questões
  6. Outros Fundos de Investimento Regulados pela Comissão de Valores Mobiliários-CVM – 2 questões
  7. Securitização de Recebíveis – 1 questão
  8. Clubes de Investimentos – 2 questões
  9. Matemática Financeira – Conceitos Básicos – 4 questões
  10. Mercado Financeiro – Outros produtos não classificados como valores mobiliários – Modalidades – Operacionais – Liquidação – 7 questões

O conteúdo programático e critérios gerais para participação na prova podem ser adequados de acordo com a avaliação da Ancord sobre eventuais atualizações. Por isso, é fundamental que interessados em participar do teste leiam a íntegra do regulamento providenciado pela instituição.

Mais informações nesse sentido estão disponíveis em site específico criado pela Fundação Getúlio Vargas, parceira da Ancord na aplicação das avaliações. Vale a pena conferir. 

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