Veja quais serão as tendências do mercado acionário para os próximos anos

Bruno Zago

10 janeiro 2018 - 18:09 | Atualizado em 29 março 2023 - 17:45

Homem segurando calculadora enquanto analisa dados contábeis

2017 foi conturbado para o mercado financeiro. Com o Brasil saindo de uma intensa crise e enfrentando uma constante insegurança política, as projeções para o primeiro semestre do ano passado não eram favoráveis.

Apesar disso (e da visível desaprovação popular do governo), o presidente Michel Temer impôs medidas que aqueceram a economia. Ao final do terceiro trimestre, já observamos o crescimento do país — e alguns palpites em relação às tendências do mercado acionário começaram a surgir.

O ano de 2017 terminou e as previsões foram cumpridas: o PIB (Produto Interno Bruto) nacional cresceu quase 1%, a Selic (taxa de financiamento no mercado interbancário) caiu e a Bovespa (bolsa de valores oficial do Brasil) registrou alta.

No meio desse cenário de crescimento, deixar de investir não é uma opção, concorda? Por isso, listamos algumas tendências para o mercado financeiro nos próximos anos. Continue a leitura e confira!

Tendências do mercado acionário para ficar de olho

Com o país saindo da crise, o cenário político se estabilizando e os juros sendo reduzidos, a tendência é que as empresas voltem a investir no próprio crescimento. Isso significa que suas ações vão valorizar, tornando o investimento nesse mercado uma opção interessante.

Gostou da informação? Então, veja quais são os setores que esperamos que cresçam nos próximos anos.

Bancário

Os bancos estão no topo das apostas para investimentos. Por se tratar de instituições financeiras, eles sempre são os primeiros a sofrer o impacto das variações cambiais e econômicas. Além disso, tais instituições movimentam um grande capital regularmente.

Com o aquecimento da economia, é esperado mais dinheiro circulando, ou seja, menor inadimplência, maior demanda por crédito e aumento dos lucros. Como consequência, temos a valorização dos ativos das instituições bancárias. As ações que se destacam nesse meio são as do Itaú, do Bradesco e do Banco do Brasil.

Varejo e consumo

Com os cortes da Selic e a maior facilidade no acesso ao crédito, não são só as empresas que buscam por capital: os consumidores também querem ter dinheiro para comprar bens de consumo. Isso implica em um aumento significativo na demanda de produtos para o mercado varejista.

O setor percebeu isso e aproveitou a oportunidade. O lucro do varejo aumentou no ano passado, sendo que a previsão de crescimento do setor oscilou de 1,2%, no início do período, para 2,2%, ao final de 2017.

Um crescimento desse tamanho, considerando que o país ainda estava saindo de uma crise, não deve ser ignorado pelos investidores. Por isso, fique atento às ações das seguintes empresas:

  • Lojas Americanas
  • Lojas Renner
  • Lojas Marisa
  • BRMalls
  • Arezzo

Infraestrutura e energia

Com a estabilidade política se instaurando no país, existe a expectativa de aumento da entrada de capital exterior. Como resultado, a tendência é que o número de obras de infraestrutura e outros tipos de empreendimento semelhantes, como fontes de energia alternativa (principalmente a solar), cresça.

Uma vez que as empresas que trabalham com construção precisam de acesso a crédito para ter capital de giro suficiente durante suas operações, a baixa da Selic também dá um impulso a mais no setor. Algumas empresas para ficar de olho são:

  • Rumo Logística
  • EcoRodovias
  • Grupo CCR
  • Renova Energia

Petrobras

A Petrobras não poderia ficar de fora das previsões positivas para este ano: a gigante multinacional deve reagir em 2018. Depois da mudança de sua gestão, a empresa ingressou em uma política de desendividamento, redução de custos operacionais e controle de gastos.

Essas decisões têm dado resultado e, seguindo a onda atual do mercado, é esperado que a companhia volte a conseguir lucros semelhantes aos de seus tempos áureos. Então, que tal arriscar alguns reais nela?

Opções de renda fixa para os próximos anos

O mercado acionário é a melhor opção para investir em 2018, mas não a única. A renda fixa disponível no Brasil ainda é uma das maiores do mundo — e os economistas frisam que esse cenário não durará para sempre.

Considerando que 2018 pode ser o último ano com uma rentabilidade tão alta, em decorrência de juros e inflação, diversificar a carteira com alguns produtos disponíveis no mercado parece ser uma escolha inteligente. Vamos ver quais opções são essas?

Tesouro Direto

O Tesouro Direto é um investimento no qual você compra títulos públicos e assegura uma rentabilidade fixa com alta liquidez. Como os riscos estão atrelados à falência do país, ele é visto como o investimento mais seguro atualmente.

Existem duas formas de rendimento no Tesouro: os títulos prefixados e os pós-fixados. Os títulos pós-fixados são baseados na Selic (taxa de juros) ou no IPCA (inflação), já os prefixados têm valor definido de rendimento.

A melhor opção para o atual cenário do Brasil são os títulos prefixados, já que eles não estão sujeitos à redução da rentabilidade em decorrência da queda dos juros ou da inflação.

Certificado de Depósito Bancário (CDB)

Outra opção interessante para variar a carteira de investimentos é o CDB. Apesar de sua rentabilidade estar atrelada ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário) e ter sofrido uma queda em decorrência do corte da Selic, ainda existem as alternativas prefixadas, que continuam sendo vantajosas.

As melhores opções de CDB estão atreladas ao risco do investimento. Sendo assim, bancos menores chamam mais a atenção dos investidores, tanto pela rentabilidade quanto pela liquidez das aplicações. Portanto, foque em títulos prefixados com vencimento dentro de dois ou três anos, bem como ofertas de instituições menores.

Letras de Crédito (LCI e LCA)

As Letras de Crédito continuam, em 2018, sendo uma excelente pedida para diversificar a carteira e fugir dos impostos. Como esse investimento não tem alíquota, qualquer rentabilidade, mesmo que não seja tão elevada, é vista como uma ótima opção para alocar recursos.

Além disso, se o aquecimento da economia continuar, ambos os setores (imobiliário e agrônomo) crescerão, aumentando a demanda por capital e subindo o valor das ofertas.

Como deu para ver, o mundo dos investimentos promete muita coisa para o futuro, começando ainda neste ano. Para aproveitar as oportunidades e ter acesso aos melhores preços na compra de ações, o importante é investir cedo nas tendências do mercado acionário e esperar o crescimento das empresas.

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