Startups financeiras: como elas têm dominado o mercado de crédito?

Bruno Zago

25 outubro 2016 - 17:37 | Atualizado em 12 abril 2023 - 18:48

Pessoas em um escritório sorrindo e olhando um tablet

A popularização dos smartphones auxiliou empreendedores a criar vários serviços inovadores e disruptivos. Plataformas de mensagens, transporte privado e hospedagem revolucionaram a forma como lidamos com atividades comuns. Na palma das mãos, é possível contratar serviços com agilidade e segurança.

Nesses cenários, os últimos anos também foram marcados por uma nova onda nos serviços bancários. A tecnologia passou a ser utilizada por jovens para a criação de startups financeiras, as chamadas fintechs. De cartões de crédito a empréstimos rápidos, esses novos negócios chamam a atenção pelo baixo custo de contratação e a maior flexibilidade no uso.

Utilizando a tecnologia a favor do cliente

As fintechs estão entre as principais apostas do mercado de startups para os próximos anos. Esse é um novo tipo de empresa, que usa o espírito das startups para criar plataformas de serviços bancários voltados para jovens e pessoas que possuem o smartphone no centro do seu dia a dia. Assim, é possível criar empreendimentos com baixo custo operacional e alto nível de inovação.

Uma das principais características das fintechs é o uso de tecnologias inovadoras em seus processos operacionais. Big data, por exemplo, permite avaliar milhares de aspectos sobre um cliente (como histórico de crédito, informações de redes sociais e sites de comércio online) para avaliar qual é a melhor faixa de crédito para um tomador de crédito.

Assim, é possível fornecer serviços bancários para consumidores que, no mercado tradicional, não teriam acesso a um empréstimo.

Startups financeiras x Banco tradicional: as diferenças

Hoje, segundo a Venture Scanner, já existem mais de 1400 fintechs espalhadas pelo planeta. Elas foram capazes de captar mais de US$ 29 bilhões apenas em 2014 em suas rodadas de investimento. Em rápida expansão, essas empresas estão chamando a atenção das empresas financeiras tradicionais.

O foco é voltado totalmente para o consumidor, que pauta mudanças e modificações nos planos de negócio. As fintechs utilizam os seus perfis em redes sociais como principal meio de comunicação. Dessa forma, elas buscam um contato constante e direto com o seu público-alvo.

O modelo de negócios inovador, pautado no uso de aplicativos e algoritmos para avaliar dinamicamente o histórico de crédito de um consumidor, reduz custos. Com o auxílio da análise de dados e inteligência artificial, novos perfis de crédito são criados. Assim, é possível fornecer empréstimos com juros menores e taxas de inadimplência baixas.

Longe das ruas, mas com custos reduzidos

Ao contrário de bancos e empresas de crédito, as startups financeiras são conhecidas por apresentarem soluções voltadas para páginas web e aplicativos mobile. Esse modelo, pouco tradicional, elimina a necessidade da existência de um canal físico para suporte.

E por não ter que arcar com os custos de aluguel de imóveis por todo o país, uma fintech possui custo operacional reduzido quando comparado com empresas tradicionais.

Junto com os métodos inovadores de análise de crédito, essas empresas conseguem combinar uma série de fatores que tornam elas mais competitivas em comparação com empresas tradicionais.

Nos próximos anos, o desafio será expandir o seu mercado de atuação para pessoas com perfil mais tradicional, que normalmente não contariam com uma fintech para obter crédito. Você faz parte desse grupo? Conta pra gente!

Saiba mais sobre o setor de fintechs no Brasil e baixe o relatório exclusivo que criamos com a StartSe:

[Download] Relatório: Fintechs, Mobile e Blockchain no Brasil

Recomendados para você

Pessoa analisando computador com tela exibindo dados
A evolução da inteligência artificial e o futuro da indústria financeira ...
Pessoa utilizando laptop com tela escrito fintech
5 motivos que fazem as fintechs se destacarem no mercado brasileiro ...
Mão de pessoa e de robô digitando em teclado
Construir e treinar chatbots que aprendem por conta própria: desenvolvedores, vo ...