Armazenamento Na Nuvem – o que é?

Rogério Marques

10 setembro 2018 - 14:14 | Atualizado em 29 março 2023 - 17:31

Computador com ilustração de cloud upload na frente

A tecnologia, a cada ano, vem crescendo cada vez mais e mais. Surgindo um aumento significativo com o compartilhamento de informações ao redor do mundo, os nossos meios de armazenamentos se tornaram ultrapassados, ou seja, não conseguiram lidar com a grande quantidade de dados que temos nos dias de hoje. Foi então que surgiu a ideia de criar um armazenamento para conseguir lidar com esses dados: armazenamento na nuvem.

Surgimento da Ideia Armazenamento na Nuvem

Embora muitas pessoas acreditam que a ideia de “Cloud Computing”  (Computação na nuvem), seja uma ideia de tecnologia nova, o conceito surgiu na década de 1960 quando o cientista da computação norte-americano, John McCarthy, inventor do termo “Inteligência Artificial, defendeu a proposta de “time-sharing” ou computação por tempo compartilhado.

McCarthy disse que a computação poderia permitir que um computador fosse utilizado simultaneamente por dois ou mais usuários. Desta forma, as pessoas poderiam realizar tarefas, aproveitando o período de tempo disponível dos recursos.

Esse modelo foi apresentado por McCarthy durante um discurso no Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos EUA, em 1961. Ele sugeriu a criação da “Utility Computing” ou computação como serviço de utilidade pública, no mesmo sentido do fornecimento de água, luz ou telefone, que chega às residências ou empresas, sem que as pessoas saibam de onde vem.

Em 1962, Joseph Carl Robnett Licklider, do MIT, já falava sobre a criação de uma Rede Intergalática de Computadores. Logo depois, em 1969, Leonard Kleinrock, cientista norte-americano que chefiava o Advanced Research Projects Agency Network (Arpanet), órgão que criou a Internet, endossou o conceito de Utility Computing de McCarthy.Em 1997, o termo “computação em nuvem” foi utilizado pela primeira vez pelo professor de sistemas de informação, Ramnath Chellappa.
Dentro de apenas alguns anos, as empresas começaram a trocar o hardware por serviços em nuvem, pois foram atraídas pelos benefícios como a redução nos custos e a simplificação em questões de pessoal de TI. O benefício número 1 mencionado no mercado corporativo é a eficiência.

Como Funciona o Armazenamento em Nuvem?

O Armazenamento em nuvem significa salvar seus dados em um espaço virtual. É feito a partir de servidores interligados por meio da internet, utilizando o princípio da computação em grande (modelo computacional capaz de alcançar uma alta taxa de processamento dividindo as tarefas entre diversas máquinas, podendo ser em rede local ou rede de longa distância).

O armazenamento de dados é feitos em serviços que poderão ser acessados em qualquer parte do mundo, a qualquer hora. O serviço é remoto, ou seja, para acessar os arquivos salvos é necessário estar conectado com a internet.

Requisitos de Armazenamento em Nuvem

Existem diversos requisitos fundamentais que devem ser avaliados ao considerar o armazenamento de dados na nuvem. Abaixo, listamos os mais importantes:

Durabilidade: Os dados devem ser armazenados de modo redundante, de preferência em várias instalações e em múltiplos dispositivos de cada instalação. Desastres naturais, erro humano ou falhas mecânicas não devem resultar na perda de dados.

Disponibilidade: Todos os dados devem ser disponibilizados quando necessário, mas existe uma diferença entre dados e arquivos de produção. O armazenamento na nuvem ideal disponibilizará o equilíbrio certo entre os tempos de recuperação e o custo.

Segurança: Todos os dados são preferencialmente criptografados, tanto os inativos como os em trânsito.

O backup e a recuperação são parte fundamental da garantia de que os dados estão protegidos e acessíveis, mas acompanhar o crescimento dos requisitos de capacidade pode ser um desafio constante. O armazenamento na nuvem oferece baixo custo, alta durabilidade, e escalabilidade máxima para soluções de backup e recuperação.

Serviços Mais Usados de Armazenamento em Nuvem

  • DropBox: permite armazenar até 2GB gratuitamente em espaços na nuvem dedicado a seus clientes. Também é possível compartilhar dados com outros usuários que tenham este aplicativo instalado em seus dispositivos;
  • GoogleDrive: um serviço de disco virtual da Google para armazenar dados e arquivos diversos, sendo integrado com o Gmail e demais aplicações Google for Work;
  • iCloud: é similar, mas trata-se de nuvem disponível a quem utiliza produtos Apple, como o iPhone;
  • OneDrive: antigo SkyDrive, para quem possui conta na Microsoft (integrado ao Outlook.com);
  • Evernote: um tipo de banco para anotações que também salva as informações na nuvem em aparelhos com o sistema operacional Android (entre outras possibilidades).

Ferramentas Para Fazer Teste em Armazenamento em nuvem

Existe uma forma de testar a segurança na nuvem? A Reposta é sim! Existem várias ferramentas focadas para testar essa segurança, ferramentas manuais e ferramentas automatizadas.

  • SOASTA CloudTest: Uma suíte que permite fazer quatro tipos de teste em uma única plataforma web, podendo ser testes funcionais, teste de desempenho móveis, teste funcionais e desempenho baseados na web. A sua execução se baseia em simular milhões de usuários concorrentes geograficamente dispersos visitando um site para testar aplicativos sobrecarga enormes.
  • LoadStorm: Uma ferramenta de teste de carga para aplicações web e móveis. De fácil manuseio, é barata de se usar. A sua execução geralmente verifica o desempenho sob tráfego excessivo. Simula quantos usuários são necessários para causar um ponto de ruptura de um site ou aplicativo. Também disponibiliza vários cenários de teste de carga personalizáveis.
  • BlazeMeter: seu uso é para desempenho de ponta a ponta de teste de carga de aplicativos móveis compatível com o Apache JMeter de código abert, a estrutura de testes de desempenho da Apache Software Foundation. Essa ferramenta pode simular até 1 milhão de usuários, facilitando teste de carga realista e monitoramento de desempenho combinados com relatórios em tempo real.
  • Nexpose: é um scanner de vulnerabilidades amplamente utilizado que pode detectar vulnerabilidades, configurações incorretas e patches ausentes em uma variedade de dispositivos, firewalls, sistemas virtualizados, infraestrutura de nuvem e similares. Você pode usá-lo para detectar ameaças, como vírus, malwares, backdoors e serviços da Web, vinculando a conteúdo mal-intencionado. Para setores como saúde e bancos, também pode ser usado para realizar auditoria de conformidade. Ele gera relatórios de varredura e recomendações de remediação em formatos flexíveis, incluindo o envio de e-mails direcionados.
  • AppThwack: é um simulador baseado em nuvem para testar o Android, iOS e aplicativos web em dispositivos reais. É compatível com plataformas de automação populares como Robotium, Calabash, UI Automation e vários outros. Se você deseja testar através de clientes que não o site oficial, há uma API REST que permite isso. Outras características-chave incluem suporte a várias plataformas, testes personalizáveis e relatórios de testes detalhados.
  • Jenkins Dev@Cloud: facilita o desenvolvimento, a implantação contínua e integração na nuvem. Ele permite o desenvolvimento em muitas linguagens e implantação para qualquer número de serviços. Ele fornece uma ampla variedade de ferramentas móveis para desenvolvimento e permite que você se conecte de forma segura aos sistemas existentes através da nuvem. Ele traz benefícios de sistemas de terceiros como o Google App Engine, Cloud Foundry e AWS Elastic Beanstalk.
  • Xamarin Test Cloud é uma ferramenta de teste de aceitação da interface do usuário para aplicativos de dispositivos móveis. Permite escrever testes em C # usando a biblioteca de testes NUnit através do framework UITest ou em Ruby através do framework Calabash. A ferramenta executa o teste em mais de mil dispositivos físicos e exibe capturas de tela de resolução total de cada etapa, incluindo dados relevantes como CPU e uso de memória e tempo de teste. Ele pode ser integrado em compilações automatizadas para integração contínua.

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